A história da Quinta

O Solar da Quinta do Regalo foi mandado construir nos Séc. XVI/XVII pela família dos Coutinhos de Coimbra, capitães donatários da Capitania da Baía no Brasil e Viscondes da Baía, certamente para residência de veraneio mantendo-se na posse da família até ao séc. XIX. Trata-se de uma casa solarenga, que representa determinada época e que permite pressentir a nobreza de um passado histórico. 

De entre a família proprietária e das personalidades que aqui viveram, destaca-se a figura do Dr. José de Seabra da Silva (1/11/1732 – 13/03/1813). De entre as muitas e distintas funções que desempenhou, José de Seabra da Silva, terá passado o seu segundo exílio nesta casa. Foi Doutor em Leis pela Universidade de Coimbra, Desembargador Extravagante da Relação do Porto e da Casa da Suplicação, Chanceler da Casa da Suplicação, Procurador Fiscal do Grão –Pará e Maranhão, Guarda-Mor do Arquivo da Torre do Tombo, Desembargador do Paço, Ministro Adjunto do Marquês de Pombal, no reinado de D. José, Conselheiro de Estado e Ministro da Rainha D. Maria I. 

A quinta é hoje constituída pela casa, capela, anexos, jardins envolventes, fonte e lago e ainda por horta biológica, vinha, olival e pomar. A área em que se insere o conjunto mantem um caráter rural, que se tem conseguido preservar apesar do desenvolvimento urbano envolvente. 

Presentemente o Solar da Quinta do Regalo, jardins, capela, telheiro, fonte e lago, encontram-se classificados como monumento de interesse público, conforme Portaria nº 462/2017 de 7 de dezembro.